Embaixada do Brasil e Ministério da Indústria e Comércio recebem delegação

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Embaixada do Brasil e Ministério da Indústria e Comércio recebem delegação

Delegação

Delegação

Um dos pontos altos da missão foram a visita ao Embaixador do Brasil no Paraguai, Eduardo dos Santos, quem, por duas horas, explicou o clima de negócios no Paraguai e deu seu aval à segurança jurídica no país, e ao Ministro de Indústria e Comércio do Paraguai, Francisco Rivas, que explicou sobre o interesse do Paraguai em receber, cada vez mais, empresários brasileiros.

Quase 90% de todos os projetos de investimento estrangeiro que recebemos são brasileiros”, explicou o Ministro Rivas.

Visitas a indústrias

Para mostrar o nível de evolução da confecção paraguaia, foram visitadas indústrias líderes em exportação, tanto na Área Metropolitana de Asunción, como na Área Metropolitana de Cidade do Leste.

Na capital paraguaia, as empresas visitadas foram a fabricante de jeans para a marca Zara, sendo esta uma das principais exportadoras paraguaias, e a empresa Kalúa, líder local em produção e venda de roupas íntimas e fitness, com 350 funcionários.

Os jeans produzidos aqui não devem nada aos do Brasil, poderíamos importar sem nenhum problema, diretamente”, de acordo com Andréia, da empresa Silk, de Curitiba.

Em Cidade do Leste, foi visitada a PENALTY, que até o final do ano contará com mais de 700 funcionários trabalhando e produzindo roupas esportivas, tênis e chuteiras.

A intenção da gigante brasileira é contar com 5.000 funcionários até o final de 2013, e a partir da unidade paraguaia, abastecer a demanda nacional, principalmente em vista da Copa do Mundo e Olimpíada, e de toda a América Latina.

Encontros de negócios

Além dos doze industriais nacionais, estiveram presentes 15 confeccionistas paraguaios nas rodadas de negócios.

No dia 13 de setembro, os empresários paranaenses encontraram-se com seus pares de Asunción, e no dia 14, foi a vez dos empresários da área de cidade do Leste receberem a delegação brasileira.

No último dia da missão, a delegação retornou ao Brasil, todos, com sorrisos e olhares repletos de oportunidades.

Sucesso em números

O resultado do trabalho de complementação industrial deste setor não se fez esperar.

As exportações paraguaias ao Brasil, na área de  confecções, cresceram  73% nos primeiros seis meses deste ano.

Entre janeiro e junho de 2011, os paraguaios já exportaram USD 21 milhões ao mercado brasileiro, devendo alcançar a cifra de USD 40 milhões até dezembro.

Fatores que ajudam a indústria paraguaia

O Paraguai não se transformou em um estado paternalista, como no Brasil, na opinião do Carlos Gonzalez, presidente de um importante grêmio industrial paraguaio, para quem o país vem-se destacando por impulsionar a iniciativa privada.

Fatores como baixa carga tributária e legislação trabalhista favorável ajudam a explicar o raciocínio de Gonzalez.

  • No Paraguai, um operário trabalha, em média, 48 dias a mais do que um brasileiro. Isso porque a carga horária semanal é de 48 horas, além de somente 12 dias de férias por ano, e 5 dias a menos de feriados nacionais. O que significa que, com a mesma produtividade, um trabalhador paraguaio pode produzir quase dois meses a mais do que um brasileiro.
  • A carga tributária é somente 8% do PIB, sendo mais baixa ainda no setor manufatureiro, devido às leis de incentivo fiscais aplicadas.

Além disso, os diversos municípios paraguaios vêm instalando novos parques industriais, com infraestrutura básica e tarifas especiais de energia elétrica, para atração de investimentos brasileiros.

Finalmente, o SENAI está capacitando jovens paraguaios, em parceria com o SNPP, para os mandos médios, tendo formado, até o momento, 15.000 trabalhadores na região de Cidade do Leste.

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